quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pensamentos embriagados.


Numa terça-feira, pós expediente, Ministro Rocha de Azevedo com Lorena, colegas de trabalho, muitas Heineken's depois e um aperto no coração me fez abandonar o resto da noitada. Troquei-os por uma Quilmes e segui sem rumo. Parei sem porque, e decidi que deveria expressar meus sentimentos embriagados em papel. Procurei por uma caneta, em vão. Parei em um estabelecimento e, tentando não aparentar embriagez, pedi ao rapaz uma caneta. Sai feliz exclamando: não sou mais uma escritora sem caneta!.. Sim, poderia ter ido embora tranquila sem essa, mas bêbada é uma merda!
Mal continuei minha aventura na 'escalada' à Ministro, sentei-me no chão declinado, abri meu caderno e desabafei:

'Porque querer uma coisa
Que me faz pensar demais?
Uma pessoa que me faz virar
Um investigador, um pirata
Um libertino
Achando que meu amor
Nada mais é que um tesouro,
Um amante novo
Um diamante raro
Em ponto de disparo
Ao inimigo mortal
E fatal ao coração
Que ama sem razão
Mas que a noite há amor
E a razão
Sem precisar do perdão
Sem precisar de exclamação
Ao amor
Que simplemente é o amor
Sem explicação ao leitor
Ao leitor...
Que sentirá'

E na pagina seguinte, sem ao menos acabar as linhas da atual:

'Que sentirá o que é amar!'

'Na minha frente o enfraquecer
E às minhas costas o continuar...
O que encontrarei ao chegar?!
Porque a Ministro não é pra qualquer um...'

Confesso que foi uma tarefa complicada entender minhas próprias letras, mas foi exatamente assim que escrevi. Sei bem o motivo de ter escrito tais palavras, mas não sei se estou ciente do que significa algumas partes. A mente é bem confusa, não?!
Depois lembro-me claramente de me levantar, escalar a Ministro até a Paulista. Descer a Augusta, entrar no Pedaço da pizza e trombar com ela. Confesso que não tenho a mínima idéia do que falei. Apenas sei que minha ressaca moral passou, apesar da demora. E sei que vou ficar um bom tempo sem caminhar pela Ministro.